sexta-feira, 7 de junho de 2013

Reflexão sobre os processos e formas pelos quais usamos as tecnologias e as influências/efeitos destes na comunicação e nas ligações (de que fala Sherry Turkle) entre as pessoas

Nos dias de hoje a tecnologia é uma parte imprescindível da vida de muitas pessoas. Telefones, telemóveis, computadores, i-fones, tablets… são meios de comunicação sem os quais algumas pessoas já não conseguem passar. Ainda assim, estes não podem ser considerados como substitutos de pessoas de verdade. O ser humano desde sempre sentiu necessidade de estabelecer relações com os outros e de se fazer ouvir. No entanto, as relações entre as pessoas nem sempre são fáceis pois cada um tem a sua própria maneira de ser e de pensar. Ainda assim, as relações “cara a cara” são fundamentais e imprescindíveis para o ser humano, pois só estas permitem o desenvolvimento de determinadas competências. As pessoas que utilizam estas novas tecnologias de forma abusiva têm tendência a evidenciar mais dificuldades no relacionamento com os outros e medo da intimidade; chegam até a esperar mais da própria tecnologia do que dos seus pares. Toda a gente tem necessidade de se fazer ouvir, e para isso recorremos principalmente aos amigos. Contudo, uma amizade na “vida real” necessita de empenho, tempo, dedicação e companheirismo. Como a maioria das pessoas vivem vidas muito preenchidas e desgastantes é mais fácil cultivar uma amizade virtualmente, uma vez que as novas tecnologias permitem dar uma ilusão de companheirismo sem as exigências de uma amizade real. Enviar sms ou ligarmo-nos virtualmente a alguém é mais simples e dá menos trabalho. E se pensamos que na rede estamos rodeados de amigos, na vida real, em muitos casos, encontramo-nos sós. O desenvolvimento da internet ou até mesmo de outras tecnologias de comunicação desenvolveu também três fantasias, que não são necessariamente corretas. Primeiro faz-nos pensar que podemos colocar a nossa atenção onde queremos que ela esteja; segundo que iremos ser sempre ouvidos; e terceiro que nunca mais estaremos sozinhos (uma vez que há sempre alguém ligado à rede). Além de tudo isto, com a utilização cada vez mais frequente dos computadores, muitas vezes esquecemo-nos que estes são na realidade máquinas e não outros seres humanos, com uma forma um pouco diferente, e falamos com eles, pedimos “que sejam mais rápidos” ou que “não bloqueiem”, esquecendo-nos que eles não nos ouvem e nem compreendem.

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